segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Eh! Ardeia!

Eh!Ardeia

Eh! Ardeia
Terra que corações incendeia
Arraial da capoeira
Que há muito devaneia
Quem aqui vem conhecer a areia
Areia onde estão muitos passos
Talvez do Senhor Bom Jesus
Olha Passos aí gente!
No café, no leite e na cana
Nos quadros de Wagner de Castro
No coração do artista
Nas mulheres, tantas a perder de vista
Passos do Rio Grande
Da capela de oito lados,
Conhecida em vários estados
Passos de estirpe mestiça
Da brasileira preguiça
Do sinos na hora da missa
Passos que acorda cedo
Passos que dorme tarde
Terra de muita mistura
Do Branco, Preto e Amarelo
Da maldade com candura
Do leite com farelo
Passos das coisas gostosas
Da goiabada cascão
Do doce de leite
Do Café com Leite molhando o pão
Passos de muita saudade
Do saudoso samba da Unidos
Do Antigo “Globo” do João
Da Mogiana esquecida e de seu pontilhão
Dos Congados, Folias, Reinados
Das belas Cavalhadas e
Da esquina do Tula, por quê não?
Passos com sangue na veia
Eh! Ardeia.

(Alan Vasconcellos_ 1988)

Um comentário:

Anonymous disse...

Flipper poeta! Muito bom...